- Trata-se de cerca de 310 milhões de dólares (USD) que o país recebeu na quarta alocação geral de Direitos Especiais de Saque do FMI em Agosto de 2021, cuja gestão não é reportada nos diferentes relatórios do Ministério da Economia e Finanças (MEF) porque vem sendo administrados de forma discricionária e pouco transparente pelo Banco de Moçambique (BM). O BM assumiu propriedade sobre os fundos e eximiu-se da responsabilidade de prestação de contas, não emitindo nenhum comunicado acusando a recepção dos recursos nem os planos ou actualizações sobre a sua utilização na mitigação dos impactos da pandemia da COVID-19.
Na sequência da eclosão da pandemia da COVID-19 e o registo dos primeiros casos em Moçambique em meados de Março de 2020, o Governo elaborou um plano avaliado em USD 700 milhões para mitigar os potenciais impactos directos e indirectos da pandemia e aqueles decorrentes das medidas restritivas adoptadas para a sua contenção. Desde então, o Governo, através do Ministério da Economia e Finanças (MEF), tem regularmente reportado a execução financeira e física dos fundos mobilizados junto dos parceiros de cooperação para a operacionalização do referido plano.